terça-feira, 6 de outubro de 2009

Frei Dr. Alberto Beckhauser - OFM = Petrópolis - RJ - Biografia

Frei Alberto foi um co-autor do livro:
A HISTÓRIA DA FAMÍLIA BECKHAUSER NO BRASIL
Fotos no Lançamento do livro em Florianópolis - SC

Frei Alberto com Laércio Beckhauser e Adauto Beckhauser.







Brasão da Família Beckhauser na Europa (Alemanha e Itália)





Frei Dr. Alberto Beckhäuser, religioso franciscano, escritor e professor - de Santa Catarina - Brasil



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Frei Alberto Beckhauser - OFM = Petrópolis - RJ

Frei ALBERTO BECKHAUSER

Descrição:
Frei Alberto Beckhäuser, religioso franciscano - OFM.http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=11785359






Filho de Ernesto Beckhauser, neto de Johann, bisneto de Johann Karl e trineto de Heinrich Peter Beckhäuser.Escritor, sacerdote e pesquisador genealógico da Família Beckhauser.Escreveu mais de uma dezena de livros na área da Liturgia do Catolicismo Romano.

Em fins de 2002 pediu dispensa da função de Coordenador da Tradução e Publicação dos Livros Litúrgicos, continuando a prestar serviços esporádicos à CNBB. Sua obra literária é muito extensa: 22 livros; 2 livros em parceria; participação em 16 obras conjuntas; e em torno de 200 artigos em diversas revistas, boletins e jornais. Tem 4 livros traduzidos para o espanhol.

Em 2001 foi eleito para a Academia Petropolitana de Letras, onde ocupa a Cadeira 31, que tem como patrono o Visconde de Outro Preto. Em 2004 foi eleito membro honorário da Academia Petropolitana de Educação.
Veja site:
www.familiabeckhauser.com.brewww.beckhauser.com.

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Foto ao lado: SEGUNDO ENCONTRO DA FAMÍLIA BECKHAUSER - EM JOINVILLE - OUT/2002

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Vida (História) de Frei Alberto Beckhauser

Trajetória de uma Vida

FREI ALBERTO BECKHÄUSER, OFM


Alberto Beckhäuser nasceu aos 20 de maio de 1935 na pequena freguesia de Sanga do Coqueiro Baixo, hoje, mais conhecida como Santa Teresinha, Padroeira da Capela, então pertencente ao Mun. de Criciúma, hoje, Mun. de Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina. Aliás, quando Alberto nasceu, fazia parte do município de Araranguá.

É o quinto de 12 filhos, seis homens e seis mulheres, nascidos do casal Ernesto Beckhäuser e Helena Hoepers, ambos descendentes de imigrantes alemães dos meados do século 19 que inicialmente se estabeleceram na Colônia de Teresópolis, em Santa Catarina. Helena nasceu na Vila São Martinho do Capivari, filha de Evaldo Hoepers e Elisabeth Sehnem.

Ernesto é filho de Johann Beckhäuser e neto de Johann Karl e Margaretha Schug, segunda esposa de Johann Karl, e de Auguste Grünfeld, natural esta da região de Riga, na Letônia.A vida de Ernesto Beckhäuser vem narrada por Frei Alberto Beckhäuser, no livro escrito por ocasião dos 100 anos de nascimento, em 2003: Ernesto Beckhäuser:
A Vida de um Homem Honrado, onde é apresentada a árvore genealógica da ascendência de Ernesto Beckhäuser e a trajetória de sua vida, bem como de sua família. Como filho de agricultores, Alberto passou os primeiros anos de vida na família, nas lides da roça.

Superou sérios problemas de desidratação infantil, tendo sobrevivido por milagre. Desde cedo manifestava muita curiosidade pelo saber. Aos quatro anos, os pais, por motivo de grave doença da mãe, que consumiu quase todo o capital de que Ernesto dispunha, transferiram-se para nova propriedade, ainda na Sanga do Coqueiro Baixo, recomeçando a vida. Alberto ajudava na roça desde cedo.

Como os irmãos, tinha sua enxada, sua foice. Ajudava a buscar o trato para os animais, auxiliava no lavrar das terras e capiná-las com carpideira puxada por animais, no plantio e nas colheitas.

Com apenas 7 anos, levava milho e arroz para a atafona, a cavalo, fazia companhia à irmã mais velha.


Alberto ajudava na roça desde cedo.

Como os irmãos, tinha sua enxada, sua foice.

Ajudava a buscar o trato para os animais, auxiliava no lavrar das terras e capiná-las com carpideira puxada por animais, no plantio e nas colheitas. Com apenas 7 anos, levava milho e arroz para a atafona, a cavalo, fazia companhia à irmã mais velha, puxando leite para a fábrica de queijo em Forquilhinha. Interessava-se por tudo. Em 1943 começou o tempo da escola.

Inteligente e experto, era sempre o primeiro da classe. No “segundo livro” começou a ajudar a professora a tomar lição dos alunos, na Escola Mista Municipal de Sanga do Coqueiro Baixo, onde o pai era Delegado de Ensino. A escola-capela compreendia quatro turmas ou quatro anos: A Cartilha, o Primeiro, o Segundo e o Terceiro Livros, funcionando tudo na mesma sala.

Foram anos de travessuras e de bom aproveitamento na escola. Fez a Primeira Comunhão no dia 22 de fevereiro de 1944, um dia chuvoso, onde não houve lugar para fotografias. O drama surgiu no fim do “Terceiro Livro”. Alberto queria estudar adiante, mas não havia mais do que o Terceiro Livro.

Papai deu esperança e mandou-o falar com a professora Dona Rosália Loch da Rosa. Foi o que ele fez. Também ela deu esperanças. Aconteceu, porém, que no início de fevereiro de 1947, o pequeno Alberto, sempre muito franzino, vestiu o uniforme, colocou a bolsa a tiracolo e saiu rumo à escola. O pai o viu saindo e chamou-o de volta, dizendo que não havia “Quarto Livro”.

E lá foi o Alberto, chorando, pegar sua enxada e ir para a roça, certamente não sem pesar do pai que bem gostaria de oferecer maiores estudos aos filhos. O ano de 1947 marcou a vida de Alberto. Houve missões populares, parece que no mês de julho, pregadas por Frei João Bosco Erdrich.

De manhã, Alberto participava da Missa com os adultos e, à tarde, da doutrina. Frei João Bosco prometia santinhos para quem desse boas respostas. Alberto já estava com saldo de quatro santinhos. No último dia, entrando para dar a doutrina,
No último dia, entrando para dar a doutrina, disse a ele: “Alberto, depois da doutrina tu vens à sacristia; o padre quer falar contigo”. Ele pensava que ia receber os santinhos, embora também outros colegas tivessem a promessa de algum. Com o coração na garganta, Alberto, depois da doutrina foi até onde o padre estava e perguntou: “Padre, o que é?” Ele responde sem rodeios: “Queres ir comigo para ser missionário franciscano? Alberto, embaraçado, respondeu. “Sim, padre!” “Então tu vais pedir licença a teus pais e amanhã tu vens me dar a resposta”. Que tarde misteriosa.

Os outros queriam saber o que o padre lhe tinha dito. Nada! Era o maior segredo de sua vida: ser missionário franciscano. Como pedir licença aos pais?! Chegou a noite. Como era seu costume, no fim da ceia, Alberto lavou os pés e se aproximou dos pais à mesa para desejar-lhes boa noite.

Arriscou, então, o pedido.

O pai responde: “Está bem, se até o fim do ano tu te comportares melhor, podes ir”. Na manhã do dia do encerramento das missões, voltei à capela dando resposta afirmativa ao Frei Missionário.

Foi certamente o maior sim de sua vida. No fim de janeiro de 1948 Alberto, com outros colegas pescados nas missões, rumou para Rodeio, Santa Catarina, iniciando os tempos de estudos para tornar-se “missionário franciscano”. Foi nesta viagem de dois dias que Alberto se encontrou pela primeira vez com a luz elétrica. Quanta curiosidade. A garotada praticamente não dormiu naquela noite em Florianópolis, ligando e desligando a chave da luz.

Em Rodeio, SC, próximo ao sminário salsiano de Ascurra, no Seminário de Nossa Senhora de Fátima, dos franciscanos, nos anos de 1948 e 1949, Curso de Admissão.

Em 1950 foi para o Seminário São Luís de Tolosa, em Rio Negro, PR, onde ficou três anos.

Em 1953, rumou para Agudos, no Estado de São Paulo, onde terminou o Curso Ginasial de então e o Curso Colegial Clássico concluído no ano de 1956. Em 1957 fez o noviciado da Ordem Franciscana, em Rodeio, SC,
quando recebeu o nome de Frei Honório, voltando, porém, ao nome de Batismo em 1963.

Fez o Curso de Filosofia nos anos de 1958-59 no Convento Bom Jesus, em Curitiba, PR. Em seguida, cursou Teologia em Petrópolis, RJ, nos anos de 1960 a 1963.

Fez profissão solene na Ordem aos 23 de dezembro de 1960 e foi ordenado presbítero (padre) no dia 15 de dezembro de 1962.

Desde o Seminário Menor Frei Alberto sempre mostrou gosto pela música, sendo regente do coral a mais vozes, dos colegas no Seminário, no Noviciado, nos Anos da Filosofia, em Curitiba, onde regeu também o coral polifônico do Josephsverein, e em Petrópolis, chegando aí a reger os Meninos Cantores de Petrópolis, os Canarinhos, substituindo Frei Leto Bienias durante quatro meses em férias na Alemanha

Frei Leto teria gostado que se formasse em Música sacra para substituí-lo como Regente dos Canarinhos.

Custeou aulas particulares de piano mas, talvez porque tivesse outros interesses maiores no campo dos estudos para ser “missionário franciscano”, nunca chegou a dominar um instrumento. De 1960 a 1963 freqüentou o Instituto de Canto Gregoriano São Pio X, no Rio de Janeiro, com outros confrades, formando-se em Canto gregoriano.

Após a ordenação sacerdotal, ainda com um ano de Teologia pela frente, os Superiores, porém, designaram Frei Alberto para formar-se em Liturgia e Música Sacra, em Roma, pois o Concílio Vaticano II iria exigir que nos Institutos de Teologia houvesse Professores preparados para essa matéria. Assim, já no segundo semestre de 1963, Frei Alberto, dispensado do último Semestre de Teologia, foi a Roma, onde durante os anos do Concílio Vaticano II se forma em Teologia com Especialização em Sagrada Liturgia, obtendo o doutorado em 1967.

Pela impossibilidade de cursar duas faculdades que exigiam tempo integral, dedicou-se ao estudo da Sagrada Liturgia, deixando a música sacra para cultivo pessoal. De volta ao Brasil, no segundo semestre de 1967, lançou-se de corpo e alma à renovação da Sagrada Liturgia no Brasil.

Começa a lecionar a matéria de Liturgia no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis. Escreve em revistas sobretudo as da Editora Vozes, sobre o processo da reforma da Liturgia nos anos após o Concílio, a recepção da reforma e da renovação litúrgicas no Brasil.

Colabora em cursos de formação litúrgica para o Clero, religiosos, religiosas e leigos. Faz parte da Comissão de tradução dos livros litúrgicos da CNBB, descendo semanalmente de Petrópolis ao Rio de Janeiro, onde era a sede nacional da CNBB.


Lecionou também na PUC do Rio de Janeiro. Coordenou a edição da Coleção Fontes da Catequese, traduzidas do grego e do latim, publicada pela Editora Vozes, em 14 volumes. Planejou e iniciou a coleção Padres da Igreja. Em 1972 é eleito Diretor do Instituto Teológico Franciscano. Em fins de 1973, porém, foi designado Mestre de Noviços da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, função que ocupou até o início de 1980.

Neste período continuou a lecionar Liturgia em Petrópolis, através de cursos intensivos. Lecionou também no Centro de Estudos da Família Franciscana do Brasil, no chamado CEFEPAL, em Petrópolis. Não deixou de traduzir e escrever sobre Liturgia e de participar de Encontros e Cursos de Liturgia.

Os anos de 1980 a 1982 passou-os em São Paulo, como Secretário Geral de sua Província, ministrando cursos e fazendo trabalhos de tradução de textos litúrgicos da Ordem. Em 1983 voltou a Petrópolis, agora, como Mestre de formação dos Frades Estudantes de Teologia. Lá permaneceu até fins de 1984, dando assessoria à Editora Vozes no Campo da Liturgia, escrevendo artigos para a Revista Eclesiástica Brasileira (REB), Grande Sinal, Convergência e outras.

Em fins de 1983 foi nomeado Assistente Nacional da Ordem Franciscana Secular (OFS) por parte da Ordem dos Frades Menores, função que exerceu por 20 anos seguidos.

Nesta tarefa muito cara a ele, Frei Alberto produziu uma série de artigos e três livros. Participou de Congressos Internacionais e visitou várias vezes as Fraternidades Regionais em todo o Brasil. Em fins de 1985 foi nomeado Assessor de Liturgia da CNBB, indo morar em Brasília.

Foram seis anos de serviço intenso à renovação e à Pastoral litúrgica em todo o Brasil. Ministrou Cursos de Liturgia nos diversos Regionais da CNBB, coordenou o trabalho de Tradução da Bíblia para uso litúrgico, a revisão do Missal Romano e de todos os livros litúrgicos. Coordenou a preparação do documento sobre a Animação da Vida Litúrgica no Brasil, aprovado pela Assembléia Geral da CNBB de 1989.



Neste período ajudou a encaminhar a fundação da ASLI (Associação dos Liturgistas do Brasil), os Encontros dos Reitores dos Santuários, seu Estatuto e as Diretrizes da Pastoral dos Santuários. Participou de Convênios e Congressos Internacionais de Liturgia e da Pastoral dos Santuários. Lecionou no Curso de Teologia para Leigos em Brasília e em outras Instituições, como o Curso de pós-graduação em Liturgia na Faculdade de Teologia de Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo.

Terminado este período de seis anos de serviço direto à CNBB, retornou a Petrópolis no segundo semestre de 1991. No Capítulo Provincial desse ano, foi transferido para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, como Reitor do Santuário e Secretário do Secretariado das Missões da Província.

Quando deixou a Assessoria em Brasília, a CNBB lhe confiou a tarefa da Coordenação de Traduções e Edição dos Textos Litúrgicos da CNBB.

Aproveitou os três anos de permanência no Rio de Janeiro para fazer a montagem da edição definitiva da Liturgia das Horas em Quatro Volumes, acompanhando o processo de diagramação e edição dos diversos livros litúrgicos.



Retomou aulas de Liturgia no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis e continuou a escrever. Em 1995 retorna a Petrópolis, agora, ao Convento São Francisco, junto ao novo Instituto Teológico Franciscano. Continua a trabalhar na edição revista e atualizada dos diversos Rituais, sobretudo na montagem e edição dos Lecionários.

Assume cursos de Liturgia no Instituto. Dá cursos de Liturgia pelo Brasil afora, sobretudo na formação litúrgica do Clero. Leciona Liturgia na PUC do Rio de Janeiro e no Seminário Diocesano de Petrópolis e participa de Congressos e outros eventos sobre a Sagrada Liturgia.

Em fins de 2002 pediu dispensa da função de Coordenador da Tradução e Publicação dos Livros Litúrgicos, continuando a prestar serviços esporádicos à CNBB. Sua obra literária é muito extensa: 22 livros; 2 livros em parceria; participação em 16 obras conjuntas; e em torno de 200 artigos em diversas revistas, boletins e jornais.

Tem 4 livros traduzidos para o espanhol. Em 2001 foi eleito para a Academia Petropolitana de Letras, onde ocupa a Cadeira 31, que tem como patrono o Visconde de Outro Preto. Em 2004 foi eleito membro honorário da Academia Petropolitana de Educação. O apostolado e a missão situam-se no campo da pedagogia e do magistério, despertando e introduzindo na celebração e participação do mistério da salvação através da vivência da Sagrada Liturgia, cume e fonte da vida cristã.

Exerce o sacerdócio ministerial nas Comunidades de fé e nas paróquias onde vive em fraternidade, orientando as pessoas em sua caminhada de conversão permanente e ministrando cursos de Sagrada Liturgia.Eis a trajetória de vida do garoto que um dia na Comunidade de Santa Teresinha, Padroeira das Missões, sonhou em ser “missionário franciscano”. Que em tudo Deus seja louvado!

Alberto Beckhäuser - OFM

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